quinta-feira, 17 de maio de 2012


Em 2002, quando tinha 16 anos, Danilo Oliveira Freire foi passar o ano novo na casa de uma tia, em Ilhabela, litoral norte de São Paulo. Em um passeio pela praia, resolveu tomar um banho de mar. Numa fração de segundos, furou uma onde e no mergulho foi de cabeça num banco de areia. O estudante perdeu os movimentos na hora e ficou boiando por cerca de quatro minutos até que alguém percebesse o que havia ocorrido. Danilo foi operado e permaneceu internado por quase três meses.
Ao cair com o alto da cabela num local raso com banco de areia, Danilo sofreu um choque que fez com que o seu pescoço  fosse dobrado enquanto o resto de seu corpo ainda permanecesse em movimento.  Isso causou uma fratura em duas de suas vértebras, deixando Danilo tetraplégico incompleto (ele consegue fazer alguns movimentos com dificuldades) e dependente de uma cadeira de rodas para se locomover.
Episódios como este acontecem com frequência maior do que se imagina.
Segundo dados do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clinicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, o mergulho em água rasa é a quarta causa de lesão medular no Brasil. E em época de verão, o acidente ocupa a segunda maior incidência do pais. Para ser ter uma ideia deste numero, a cada semana, cerca de dez pessoas ficam tetraplégicas ou paraplégicas ao bater com a cabeça em mergulhos. A incidência é de 60,9*% dos casos.
Com relação ao perfil das vitimas uma pesquisa realizada pela rede Sarah mostrou que o predomínio é de pacientes do sexo masculino e na maioria adolescentes e adultos jovens.
O local de maior incidência é o rio, onde ocorre cerca de 43,5% dos casos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário